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Surto de gripe lota hospitais privados de Natal

Além do sistema de saúde público, as instituições da rede privada também passsam por um momento de alta demanda da população em busca de atendimento médico, causada, principalmente, pelo surto de síndrome gripal. O maior pronto-socorro privado do RN, o do Hospital Rio Grande, teve um aumento de 40% nos últimos quinze dias. Ontem à tarde, o pronto socorro do Hospital São Lucas chegou a suspender o atendimento. Há registros de aumento da demanda também no Hospital Memorial e na Prontoclínica Dr. Paulo Gurgel.

O diretor do hospital Rio Grande, Luiz Roberto Fonseca, diz que, nos últimos quinze dias,  o número médio de atendimentos  passou de 280 para até 420 por dia, incluindo as especialidades de ortopedia, cardiologia, clínica médica e ginecologia e obstetrícia. Aproximadamente 80% dos pacientes apresentam síndrome respiratória. De acordo com ele, como o surto gripal e a pandemia de coronavírus estão acontecendo concomitantemente, qualquer paciente que apresente sintomas respiratórios receberá atestado para afastamento por sete dias de seu trabalho e um teste swab é solicitado a laboratórios. Em caso de teste negativo para Covid-19, o paciente terá o tratamento usual contra a gripe: repouso e medicação.

Já nos casos de febre que demora a cessar, forte prostração (abatimento) e apneia, o paciente é encaminhado para a internação.

“O que alivia em relação ao grande movimento que estamos vendo nos últimos dias é o fato do surto gripal não exigir uma internação, um leito, um respirador, como vimos no auge da pandemia”, fala Fonseca.

Quanto ao aumento específico do movimento no pronto-socorro pediátrico, o diretor do hospital afirma que as crianças são extremamente suscetíveis às viroses, mesmo com a vacinação, pois seu sistema imunológico ainda está em formação. “A grande vantagem da vacinação é que ela evita agravamentos, como a pneumonia viral, por exemplo”, observa. A criança, principalmente as de menor idade, tem um sistema imunológico imaturo e os vírus, diferentemente de bactérias, não têm um tratamento que pode ser dado especificamente. “Quando uma pessoa é acometida por um vírus, ou o sistema imunológico impede de pronto o desenvolvimento da doença,  ou luta e vence o vírus A criança tem as defesas menos efetivas e essa é uma das razões por termos o sistema de saúde com muitos casos pediátricos nesse momento”, diz o diretor do Rio Grande. Outra dificuldade é a comunicação da criança, que não tem como expressar os seus sintomas claramente.

Apesar  do desconforto para conseguir ser atendido (as pessoas esperam, em média até quatro horas por uma consulta) Fonseca diz que a síndrome gripal não representa uma ameaça para o sistema de saúde. “Em 30 dias a 45, aproximadamente, essa onda de gripe deve arrefecer”, declara Fonseca.

Nesta segunda-feira, o Hospital Rio Grande fez uma mudança na sua estrutura de atendimento, que chegou ao limite de expansão. “Temos mais um médico, mais um consultório e acrescentamos uma ala de observação clínica. É a última mudança possível de fazer”, fala o médico.

Enquanto fazia a reportagem no Hospital Rio Grande, a equipe recebeu a informação de que, a dois quarteirões dali, o pronto-socorro do Hospítal São Lucas tinha suspendido o atendimento.



A assistência social da instituição informou que essas suspensões cessam tão logo o número de pacientes admita a entrada de outros. “Não são suspensões por problemas estruturais. Elas podem ocorrer mais de uma vez por dia, dependendo da lotação do pronto socorro”, explicou a assistente.

Região Metropolitana

Em toda a região metropolitana, desde a semana passada, o sistema de saúde apresenta mais lentidão no atendimento em razão do surto gripal.

Ontem, através de uma nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS/Natal) informou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município estão “operando com lotação máxima e nenhum paciente ficará sem atenção”.

“Assim que chega na UPA, o usuário é classificado de acordo com o quadro clínico e segue ordem prioritária de risco para receber os cuidados”, expressa a nota.

A SMS reforçou que a rede de urgência e emergência do município deve ser buscada apenas em casos graves como falta de ar, sinais de infarto, febre persistente ou acidentes, por exemplo.

Por fim, a Secretaria Municipal de Saúde comunicou que o atendimento de casos leves pode ser solucionado em qualquer unidade básica de saúde da capital, que também conta com atendimento médico, e algumas dispõe de horário estendido até 18h.

VIA: TRIBUNA DO NORTE

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